domingo, 13 de maio de 2012

Street


Foram nessas ruas abençoadas pela natureza divina, pelo canto dos sabiás, pelo alvorecer e por toda essa imensidão criada exatamente para nos fazer loucos, ambulantes da paixão, do desejo. A procura de prazer, nos descobrimos como pessoas, como apaixonados. Nessas ruas nos encontramos, nessas ruas descobrimos o amor. Cada momento que eu vivi, cada suspiro, cada olhar.. me fez ter a certeza de que é aqui que quero estar quando não mais existir vida, exatamente onde celebramos a arte de amar, onde morremos de prazer por longas datas...


Nos encontramos inúmeras vezes e, foram estes encontros que me fizeram crer o quanto estávamos dependentes desse amor. Talvez seja este o significado das minhas repentinas ausências. Você não entendia o porque dos "sumiços". A verdade é que essa ausência funcionou como uma auto-defesa .Eu tinha medo, medo de me entregar a loucura, medo de me fazer feliz. Ainda tenho..mas, prefiro me arriscar do que ficar sem você. Durantes todos os anos que vivemos juntos, quero dizer, juntos como amigos, como cúmplices..nos permitimos viver intesamente essa paixão. O amor ainda não estava evidente aos nossos olhos. Não tinhamos a certeza de que poderia nascer sentimento daquelas loucuras. Só queriamos nos encontrar e satisfazer nossas vontades. Nossos desejos. Eu me peguei constantemente pensando em você, em nós. Mudei minhas opiniões a respeito do amor, do afeto, do carinho. Por um instante achei que poderia "fugir" dessa realidade. Pois, tudo que é demais, me assusta. Estavámos alimentando esse sentimento sem ter controle sobre ele. Eu segurava sua mão sobre o meu corpo como se dissesse: " Nunca mais pense em ir embora da minha vida ".Eu não sabia se queria aquilo, eu agia ingenuosamente. Lembro - me dos olhares! Ah, aqueles olhares me matavam por dentro. Despertava todo meu desejo por você. Eu deixava de lado tudo que não me levava a você. Exagero? Talvez..A descrição de um amor nunca se torna exatamente como ele é. Passei noites em claro, questionando como deixei aquilo acontecer, como deixei que a fortaleza que existia dentro de mim se abrisse? Não acredito impetuosamente no destino. Porém, todas as vezes que estive com você, me fez crer que alguns palitos estavam sendo movidos para ficarmos juntos. Em busca de respostas que nunca vinham, nos aproximamos. Os encontros se tornaram periódicos, intensos!Os beijos eram inacabáveis, quentes. A junção da amizade com o amor. Me agarrei a ideia de ter você comigo, de querer cuidar de você, de querer cuidados. Até quando eu sumia, me peguei pensando em você. Em festas, em bares, até quando estava com outras pessoas. Partes de mim eram arrancadas quando não estava com você. Lutei internamente contra esse sentimento.PERDI! Tudo que eu fazia me lembrava você, quando eu adormecia, ao acordar, quando escrevia...

E, continuo escrevendo para que as lembranças da nossa história permaneçam viva.

Welen Lima

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